Dos tristes e puídos panos
Que eu vesti para me banquetear
De pobres e amargos sonhos
Que um dia eu ousei sonhar.
Me sento a mesa de talheres sujos,
Me banqueteio com o que não vou usar
Retiro o prato que vazio estava
E vazio pode continuar
E os talheres me refletem a cara
Que de tão cansada eu nem quis olhar
De tantos medos em meio a meus olhos
De tudo aquilo que posso encarar
Começo então a arrumar a mesa
Tiro o prato e os talheres frios
Guardo a louça que eu não quis lavar
Pra que os sonhos que um dia eu tive, ainda permaneçam
lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário